Arena de São Paulo, cujo nome provisório é Arena Corinthians e que também é popularmente conhecida como Itaquerão, é um estádio de futebol localizado no distrito de Itaquera, na zona leste do município de São Paulo, Brasil. De propriedade do Sport Club Corinthians Paulista, foi inaugurada oficialmente em 18 de maio de 2014.
Com capacidade para 48 234 lugares, é o quinto maior estádio da Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol e o 11º maior do Brasil. Durante a Copa do Mundo e pelo menos até o final de 2014, poderá receber até 69 160 espectadores.
Construído pela Odebrecht entre 2011 e 2014, tinha previsão de custo inicial em 820 milhões de reais , mas seu preço final atingiu 1,2 bilhão de reais. Será palco da cerimônia de abertura e de seis jogos da Copa do Mundo de 2014, incluindo o de abertura.
Histórico
Antecedentes
Por várias décadas, dirigentes do Corinthians prometeram construir um novo estádio para o clube, já que o Estádio do Parque São Jorge (Estádio Alfredo Schürig) tem capacidade inferior a 18 mil espectadores. Uma das primeiras promessas foi anunciada em 1968, pelo então presidente Wadih Helu, de construir um estádio coberto para 135 mil pessoas. Mais tarde, ele afirmou que compraria o Pacaembu. Depois, lançou uma campanha de venda de alguns títulos patrimoniais e de carnê de prêmios com o objetivo de arrecadar recursos para a construção do "Corinthião".
Entre as décadas de 1950 e 1960, o presidente Vicente Matheus sonhava em construir um estádio para mais de 200 mil torcedores. Como o plano exigia uma grande área, Matheus solicitou à Prefeitura Municipal de São Paulo um terreno localizado em Itaquera, na zona leste de São Paulo, que à época era de propriedade da Cohab, e uma projeção de construir o estádio entre três a cinco anos. Em novembro de 1978, o pedido foi atendido pelo então prefeito Olavo Setúbal, que aprovou a concessão de uma área de 197 mil metros quadrados por 90 anos. Em 1988, a concessão foi renovada por 90 anos, com a condição de que qualquer construção feita na área devesse ser revertida para a cidade sem nenhum custo. Sem obter financiamento, o projeto de Matheus acabou sendo arquivado. Ainda na década de 1980, durante a Democracia Corintiana, o plano do presidente Waldemar Pires era cobrir e elevar a capacidade do estádio do Parque São Jorge para 41 mil lugares. O ídolo Sócrates chegou a fazer propaganda do lançamento da pedra fundamental do estádio em anúncio veiculado na Rede Globo.
Durante a gestão de Alberto Dualib, novos projetos fracassaram. Em meados da década de 1990, a parceria com o Banco Excel previa a construção de um estádio às margens da Rodovia dos Bandeirantes ou da Ayrton Senna. Pouco depois, outra parceira do clube com a Hicks, Muse, Tate & Furst, que prometeu um estádio na região da Rodovia Raposo Tavares, zona oeste da capital paulista, com capacidade entre 40 e 50 mil lugares, para ser entregue até 2002. Com o novo fracasso, cogitou-se retomar algum projeto em Itaquera ou mesmo demolir o Estádio Alfredo Schurig e construir um novo no mesmo local. Na terceira parceria da gestão Dualib, com a Media Sports Investment, o iraniano Kia Jorabichian almejava comprar o Pacaembu, mas depois prometeu um estádio semelhante ao do Sporting de Lisboa, com capacidade para 55 000 pessoas, shopping center e estrutura para receber shows.
Após a era Dualib, novas idéias foram lançadas. Em 2007, foi formada a ONG Cooperfiel, por torcedores que tentavam arrecadar fundos para construção de um estádio através de doações e vendas de produtos, mas o plano fracassou. Já sob adminstração de Andrés Sanches, houve conversas para uma concessão do Estádio do Pacaembu em 2009, entre outros projetos.
Em 13 de agosto de 2010, o presidente Sanches revelou em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo um novo projeto para um estádio corintiano. Entre quatro propostas diferentes, venceu o projeto para um estádio em Itaquera, na zona leste de São Paulo, com capacidade para 48 mil torcedores e um orçamento de 350 milhões de reais. Às vésperas da festa do centenário do clube, o projeto do novo estádio foi oficializado. Especula-se que o então presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva, corintiano assumido, tenha tido um papel fundamental ao pressionar a construtora Odebrecht a realizar a obra, embora o clube oficialmente desminta uma grande influência do ex-mandatário nacional.
Após o Estádio do Morumbi ser considerado inadequado pela FIFA, o comitê organizador local procurou alternativas e decidiu oferecer a Arena Corinthians para sediar o jogo de abertura da Copa do Mundo; a FIFA aceitou a sugestão e confirmou a decisão em 10 de outubro de 2011. Para sediar a partida de abertura foi necessário realizar modificações no projeto original, o que elevou o custo original de 335 milhões de reais para 1,07 bilhão de reais para atender aos requisitos da FIFA. Os cortes em custos em equipamentos, mobiliário e construção abaixou o preço. Além disso, devido a acordos da FIFA com o Brasil, todas as construções relacionadas com a Copa do Mundo não podem ser tributadas pelo governo federal brasileiro; o preço final acordado foi de 820 milhões de reais.
Um novo contrato foi assinado em 19 de julho de 2011, com a Odebrecht; 400 milhões de reais do total seriam financiados pelo BNDES e o restante de 420 milhões de reais em isenções fiscais concedidos pela cidade. Uma lei de 2007 declarou que esses créditos tributários podem ser usados por qualquer empresa que se estabelecer na região leste da cidade, oferecendo um crédito de sessenta centavos por cada real investido. A nova lei foi aprovada pelo câmara municipal da cidade para lidar especificamente com este estádio e reduzir os incentivos, vinculando a concessão dos créditos para sediar o jogo de abertura da Copa do Mundo e limitando a quantidade total de créditos de 420 milhões de reais.
O contrato de financiamento com o BNDES foi assinado em 29 de novembro de 2013, sob seu programa ProCopas, para as arenas da Copa do Mundo de 2014. A Caixa Econômica Federal é o agente de distribuição dos recursos.
O custo de construção estimado não inclui os estimados 35 milhões de reais para a adição de arquibancadas temporárias, planejadas originalmente para serem removidas após o fim da Copa do Mundo. O clube decidiu manter as arquibancadas temporárias até o final de 2014, pagando o aluguel da estrutura. Elas foram instaladas em um dos lados e nas extremidades norte e sul do estádio. A adição elevaria a capacidade total para até 72 mil assentos, mas a deslocalização de áreas VIP e equipamentos de TV vai reduzir a capacidade utilizável. Durante o torneio, a FIFA estima que a capacidade bruta será de 67 349 lugares, com capacidade de 59 955 assentos.
O Corinthians vai pagar pela infra-estrutura temporária adicional necessária exclusivamente para a Copa do Mundo, com custo estimado de 60 milhões de reais.
Abertura da Copa do Mundo FIFA de 2014
A estimativa de que a abertura da Copa do Mundo FIFA de 2014 traria 30,75 bilhões de reais em 10 anos para o município de São Paulo, estimulou a cidade a sediar o jogo de abertura. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas estimou de 1 bilhão de reais em receita apenas para o jogo de abertura, como os 290 mil turistas são esperados para o evento.Após o Estádio do Morumbi ser considerado inadequado pela FIFA, o comitê organizador local procurou alternativas e decidiu oferecer a Arena Corinthians para sediar o jogo de abertura da Copa do Mundo; a FIFA aceitou a sugestão e confirmou a decisão em 10 de outubro de 2011. Para sediar a partida de abertura foi necessário realizar modificações no projeto original, o que elevou o custo original de 335 milhões de reais para 1,07 bilhão de reais para atender aos requisitos da FIFA. Os cortes em custos em equipamentos, mobiliário e construção abaixou o preço. Além disso, devido a acordos da FIFA com o Brasil, todas as construções relacionadas com a Copa do Mundo não podem ser tributadas pelo governo federal brasileiro; o preço final acordado foi de 820 milhões de reais.
Um novo contrato foi assinado em 19 de julho de 2011, com a Odebrecht; 400 milhões de reais do total seriam financiados pelo BNDES e o restante de 420 milhões de reais em isenções fiscais concedidos pela cidade. Uma lei de 2007 declarou que esses créditos tributários podem ser usados por qualquer empresa que se estabelecer na região leste da cidade, oferecendo um crédito de sessenta centavos por cada real investido. A nova lei foi aprovada pelo câmara municipal da cidade para lidar especificamente com este estádio e reduzir os incentivos, vinculando a concessão dos créditos para sediar o jogo de abertura da Copa do Mundo e limitando a quantidade total de créditos de 420 milhões de reais.
O contrato de financiamento com o BNDES foi assinado em 29 de novembro de 2013, sob seu programa ProCopas, para as arenas da Copa do Mundo de 2014. A Caixa Econômica Federal é o agente de distribuição dos recursos.
O custo de construção estimado não inclui os estimados 35 milhões de reais para a adição de arquibancadas temporárias, planejadas originalmente para serem removidas após o fim da Copa do Mundo. O clube decidiu manter as arquibancadas temporárias até o final de 2014, pagando o aluguel da estrutura. Elas foram instaladas em um dos lados e nas extremidades norte e sul do estádio. A adição elevaria a capacidade total para até 72 mil assentos, mas a deslocalização de áreas VIP e equipamentos de TV vai reduzir a capacidade utilizável. Durante o torneio, a FIFA estima que a capacidade bruta será de 67 349 lugares, com capacidade de 59 955 assentos.
O Corinthians vai pagar pela infra-estrutura temporária adicional necessária exclusivamente para a Copa do Mundo, com custo estimado de 60 milhões de reais.